Rota da Cachaça qualifica empreendimentos e gera emprego no interior de AL

Estímulo gerado pelo turismo vem colaborando também com a geração de emprego e renda.
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A cachaça, terceira bebida alcoólica mais consumida no mundo, é a protagonista do mais novo roteiro turístico de Alagoas: a Rota da Cachaça, produto que chega na vitrine do trade nacional com a perspectiva de unir experiências culturais, históricas e gastronômicas a partir de visitas a alambiques – pequenas fábricas de bebidas destiladas – que espalhados pelo interior do estado encontraram no setor turístico mais uma oportunidade para celebrar a bebida que é considerada paixão nacional.

Nesta série com três reportagens a Embarque Nordeste conta um pouco sobre esta experiência que ao tempo que estimula o turismo no Agreste alagoano, está também qualificando empreendimentos e colaborando para geração de emprego e renda; para ao final mostrar o sucesso dos destilados com Selo Made in Alagoas que estão conquistando o mundo. Confere aí!

Turismo de Experiência incentiva investimentos, qualificação e geração de emprego

Cícera Jacklaine trabalha no envase das cachaças Gogó da Ema, em São Sebastião (Foto: Waldson Costa)

Uma das regras das ciências econômicas afirma que a projeção de determinado segmento quase sempre impulsiona outros ao redor. Economia é cadeia e quando uma engrenagem se move ela acaba estimulando outras que podem ser do mesmo ou de diferentes setores e segmentos.

É o que acontece nos bastidores da Rota da Cachaça, onde, estimulada pela atividade turística, o setor de bebidas ampliou as possibilidades de negócios. Mas, para isso, precisou estruturar adequações tanto no modelo de negócio do alambique – que estava restrito a produzir e distribuir bebidas destiladas -; como, na qualificação do espaço e equipe de colaboradores.

“Diante da experiência em outros lugares que trabalham com turismo de degustação, nós, da Gogó da Ema, já pensávamos neste modelo de negócio de trazer apreciadores para conhecer a produção. Tanto que já tínhamos o espaço preparado. Hoje, ele está sendo melhorado e em breve deve ganhará uma lojinha para atender melhor o público da Rota da Cachaça”, relata o empresário Henrique Tenório.

Henrique Tenório mostra as variações das cachaças produzidas no Alambique Gogó da Ema (Foto: Waldson Costa)

Geração de renda

E entre as melhorias está também o aumento no número de colaboradores do Alambique Gogó da Ema, que em tempo de moagem e produção das bebidas passa de 8 para 12 funcionários contribuindo com a oferta de trabalho e renda na região Agreste.

Entre os colabores temporários estão as donas de casa e moradoras da zona rural de São Sebastião, Maria Rita Noberto Silva, 30, e Cícera Jaquelaine da Silva, 20.

“Este já é o terceiro ano que trabalho na produção de cachaça no alambique. Todo ano pego o dinheiro extra que entra na renda familiar e compro algo para casa. Quando está na temporada da cachaça tenho trabalho. Nos outros períodos do ano trabalho apenas em casa, cuidando da família”, diz Maria Rita Noberto.

O cenário positivo para os negócios impulsionados pelo turismo, sendo refletido em outros segmentos econômicos do Agreste alagoano, foi um fenômeno previsionado pelo Sebrae Alagoas, que mapeou a Rota da Cachaça já considerando a potencialidade do produto principal – os alambiques – com as demais atividades secundárias – artesanato, bares e restaurantes entre outros.

Dorna de fermentação fica ao lado de canavial onde são retiradas as canas de açúcar para fabricação das cachaças (Foto: Waldson Costa)

Mapeamento Turístico

Dentro do trabalho de Mapeamento Turístico da Rota da Cachaça o Sebrae atuou, junto as instituições parceiras – Instância de Governança do Turismo na Região Agreste e Secretária de Estado do Turismo de Alagoas (Setur-AL) –, fazendo o levantamento de dados e a identificação de potencialidade; para que empreendimentos já existentes se reestruturassem e outros fossem criados aumentando o potencial de negócios regionais.

“Esse tipo de projeto tem importância fundamental na integração dessas localidades e no desenvolvimento de novos produtos para o setor, gerando melhorias turísticas e aumento da atratividade dos destinos. Neste caso específico, na Rota da Cachaça, com as cachaçarias devidamente habilitadas, os técnicos iniciam a estruturação das ações em turismo propriamente ditas, como análise de capacidade de entrega, quantitativo de turistas e grupos de pessoas que elas podem receber para a realização de visitas guiadas; como também, foi considerada a situação de elementos como a infraestrutura de acesso e alimentação na região para formar um combo de passeio e mensurar os valores cobrados”, expõe a analista do Sebrae Alagoas, Amanda Pinto.

De acordo com economista e especialista em Implantação de Negócios, André Luiz Gomes, o incentivo de projetos com a Rota da Cachaça são muito importantes para o fortalecimento e diversificação da economia regional.

“A chegada de um novo empreendimento ou projeto estruturado como a Rota da Cachaça, em uma cidade ou região impulsiona o consumo de diversos outros tipos de produtos e serviços. Pois, eles acabam agregando em um mix de empreendimentos diversos com benefícios que favorecem os negócios e, assim, acabam atuando como multiplicadores econômicos que contribuem para geração de emprego e renda”, completa.

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