A Caixa lançou, no final de abril, na cidade de Salvador, o Programa Federal Caixa Mulheres de Favela, programa que vai funcionar com o apoio de uma incubadora de negócios oferecendo serviços de formalização de empresas, orientação contábil e de produtos bancários para todas as empreendedoras em formação.
O espaço vai atender mulheres que desejam começar ou ampliar seu negócio a partir das necessidades apresentadas por elas. Além da oferta de cursos de capacitação de empreendedores, com educação financeira, e de formação em diversas áreas.
As inscrições para Salvador e Região Metropolitana começam no dia 2 de maio, através do site da Cufa (clique aqui) ou presencialmente, no Subúrbio 360°. Podem participar mulheres (cis e trans) e travestis, a partir de 18 anos, portando RG, CPF e comprovante de residência. O lançamento do programa já aconteceu em março, no Rio de Janeiro e também vai acontecer em São Paulo, no próximo dia 12 de maio.
Para fortalecer o empreendedorismo feminino na Bahia, a parceria entre a Caixa e a Central Única das Favelas (Cufa), realiza na primeira etapa do programa a instalação de três laboratórios de inovação social: em Salvador, no espaço Subúrbio 360º; no Rio de Janeiro, no Complexo da Penha, e em São Paulo, Heliópolis. Foram investidos R$ 16 milhões para o programa e já são 2.800 mulheres inscritas.
“A Caixa está investindo parte do fundo sócio-ambiental, porque entende que isso tem tudo a ver com o debate da sustentabilidade. É um projeto piloto, com 500 mulheres sendo atendidas diretamente em cada uma das comunidades. Mas, a tendência é ampliar”, pontuou a presidente da Caixa, Maria Rita Serrano.
Ela explicou ainda a possibilidade de fazer cursos através de WhatsApp, chegando a atingir 50 mil pessoas. “Pelo WhatsApp, a abrangência chega a outras regiões, não só nessas localidades”, concluiu Serrano.
O presidente da Cufa, Márcio Lima, observou que na pandemia, muitas mães recebiam o auxílio emergencial e investiam no empreendedorismo aleatoriamente, pela necessidade, e acabavam tendo prejuízo. Por isso, o projeto visa à emancipação sócio-econômica dessas mulheres, a partir de uma trilha de formação.
“A maioria das inscritas são mães solos e grande parte é chefe de família. Pensando nisso, vamos oferecer um espaço para que elas possam deixar os filhos sendo cuidados, enquanto elas aprendem”, salientou Márcio Lima.