Maceió ganha uma sede do LabHacker

Laboratório Brasileiro de Cultura Digital é o primeiro com sede no Nordeste e abre as portas na capital a partir de amanhã.
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O Laboratório Brasileiro de Cultura Digital abre, em Maceió, um novo espaço de inovação cidadã – o LabHacker –, organismo que atua na criação e apoio a projetos, pesquisas e políticas públicas de cultura digital em todo o país, inaugura a primeira sede no Nordeste, em Maceió, neste sábado (31), das 15h às 20h, na Rua Pedro Paulino, 179, no bairro do Poço.

A associação tem por propósito ampliar o acesso às tecnologias sociais, fortalecendo comunidades locais a partir de iniciativas que articulam cultura, tecnologia, meio ambiente e educação. A inauguração será aberta ao público, para receber pessoas curiosas e entusiastas das artes, cultura, tecnologia e cidadania.

“Vamos dialogar sobre este movimento em construção, que é tanto o movimento hackativista e de Cultura Digital na cidade, como também o movimento que envolve esse deslocamento de centro propulsor da inteligência. Passamos 16 anos entendendo tudo isso desde São Paulo. Agora, temos mais pelo menos 16 anos para entender desde Alagoas”, convida Evelyn Gomes, diretora-presidenta da organização sem fins lucrativos.

O laboratório realizará agendas de oficinas sobre metodologias, conceitos e recursos tecnológicos da Cultura Digital, além de chamadas públicas para ocupação do espaço e eventos que promovam articulação e mobilização com a sociedade. A proposta é que, em médio e longo prazo, o local se torne um ambiente “portas abertas”, por meio do envolvimento de uma comunidade gestora e realizadora do espaço como um bem comum.

“Um propósito central do LabHacker com a sede em Maceió é a democratização do acesso às tecnologias sociais, códigos e dados, para que essa apropriação garanta a modelagem de novas tecnologias, códigos e dados a partir do saber nordestino”, afirma Evelyn Gomes.

“Quando pensamos em inovação, falamos sobre mudanças estruturais. Mas é essencial que elas tenham pés firmes no chão do território em que são forjadas. Por isso estamos aqui, para abraçar o grande desafio de promover inovações e tecnologias encarnadas em tradições, na ancestralidade e na cultura do território”.

Alice Jardim, diretora do LabHacker, destaca o papel das diversas linguagens artísticas que são trabalhadas no laboratório.

“O design, a estética, o audiovisual, a fotografia, a impressão 3D, entre outros, são meios de construção de identidade que, aliados à uma ética forte de coletividade e de impacto social, podem acelerar mudanças substanciais ao unir e criar confluências instantâneas entre pessoas, territórios e causas”.

Segundo Victor Guerra, coordenador de Projetos do LabHacker Alagoas, o espaço quer produzir tecnologias, games e projetos em colaboração com a comunidade.

“É a criação de um movimento que vai além do consumo, abrangendo a pesquisa e produção, e provocando a discussão de que todos somos ‘fazedores’”, explica.

Evelyn Gomes e Alice Jardim são naturais de Alagoas e se conectaram, junto a Victor Guerra, por meio do ativismo e projetos profissionais em outros estados. Agora, retornam a Alagoas com essa aliança para somar à cidade um novo espaço de inovação cidadã. Além deles, faz parte da organização Lívia Ascava, a terceira diretora do conjunto de mulheres que lideram o LabHacker.

Essência hacker – A ética hacker também é parte relevante da identidade do Laboratório, que carrega em si uma abordagem com vistas sempre à abertura e compartilhamento de dados, informações e conhecimentos; à descentralização dos poderes e processos; ao livre acesso a tecnologias e recursos digitais; e, por fim, às transformações positivas nas comunidades.

Nesse sentido, são chamadas de hackers as pessoas que não só se incomodam ao ver uma porta fechada, mas que, sobretudo, investigam, negociam, propõem e criam soluções para abrir essa porta gerando consequências positivas para a sociedade.

Fonte: Assessoria
Foto: Assessoria/ divulgação
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