Bordadeiras alagoanas fazem sucesso com peças autorais

Projeto Bordazul celebra onze anos com a projeção e a venda de peças feitas a mão para todo país.
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Aliando a habilidade das mãos e a força da imaginação, um grupo de mulheres vem bordando com criatividade e muito amor novos capítulos de suas vidas, cheios de superação e recomeços. Usando suas próprias histórias e o cenário em que estão inseridas, as artesãs do Bordazul elaboram e comercializam peças de decoração e assessórios que tem conquistado mercado em solo alagoano e ganhado projeção em outros estados do Brasil.

Há onze anos, essas mulheres se reuniram pela primeira e nem imaginavam que o destino as entrelaçaria numa jornada tão promissora. Um projeto organizado pelo Sesc, que envolve a participação de mais de cem mulheres e aborda, através de rodas de conversas e palestras, a propagação de informações sobre saúde e nutrição, promove atividades físicas, além de oficinas de trabalhos manuais diversos, sempre com o foco na promoção da saúde.

A técnica do bordado já foi apresentada neste momento com evidência na contagem de histórias.

“A princípio, a proposta era formar um pequeno grupo, mas o projeto deu tão certo que hoje estão faltando mãos para dar conta das encomendas recebidas diariamente, explica Nina Bernardes, gestora do projeto.

De início, elas eram subsidiadas com apoio do Sesc. Depois de perceberem o potencial do negócio, seguiram a jornada de forma independente. Alugaram um espaço e puseram as mãos nas linhas e tecidos. Receberam capacitações e aulas de aperfeiçoamento dos bordados.

Tendo as praias de Garça Torta e Riacho Doce como cenários, as bordadeiras se inspiram em personagens e ícones do dia a dia, como pescadores, boleiras, além de elementos do lugar, como a igreja de Nossa Senhora da Conceição, os rios, sítios e outros ícones típicos do litoral Norte alagoano e do imaginário popular. Toda essa referência é transposta em almofadas, esculturas de sereias e peixes, estandartes, marca livros, colares, necessaires e bolsas.

O que a princípio tinha por objetivo promover saúde e bem-estar, ganhou também o status de fonte geradora de renda.

“Eu tive um problema muito sério de saúde e fui participar das atividades do Sesc, a convite de uma cunhada. Lá comecei a fazer a oficina de bordado e até hoje estou aqui, foi a minha salvação para curar uma depressão”, relata Nilda dos Santos, moradora da Garça Torta.

A arte como terapia para tratar mentes e corações inquietos pode ser a salvação para muitas almas.

“Eu não consigo ficar parada, a não ser quando estou bordando. Aqui tenho amigas, trabalho e minha imaginação pode ganhar o mundo”, declara Natália Alves, moradora do Alto de Riacho Doce.

Revelando novos talentos

Expondo as peças em lojas na cidade de Porto de Pedras, na Costa dos Corais, e na loja do Museu de Arte de São Paulo (MASP), as bordadeiras estão tendo mais demanda que oferta. De forma independente atualmente, elas conquistam clientes e ganham novos mercados a cada dia. Tanto que novas e futuras bordadeiras já estão em plena atividade e rendendo bons frutos. É o caso de   Rosavania Maria dos Santos, que começou há cerca de um mês e já está engajada com o grupo.

“Numa consulta com minha psicóloga, ela sugeriu que eu viesse para o Bordazul, considerando que tenho habilidades com trabalhos manuais”, revela, ao afirmar que está gostando da iniciativa, que promove qualidades como terapia, protagonismo, saúde, geração de renda e bem-estar.

Serviço:

Endereço: Rua Santa Joana, 63, Riacho Doce.

Atendimento presencial no ateliê de segunda a sexta-feira, na parte da tarde.

Contato: Instagram @bordazul

WhatsApp: 82.99327-0190

 

 

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