Um levantamento realizado pela Agência Nacional de Aviação (ANAC) apontou que as passagens aéreas de voos domésticos aumentaram 21% no primeiro trimestre de 2022, em relação ao mesmo período de 2019 – período pré-pandemia da Covid-19.
Os dados que compõem os Indicadores de Tarifas Aéreas Domésticas expõem a ainda que o aumento dos combustíveis foram foi fator determinante para aumento das passagens aéreas.
De acordo com os dados do painel de indicadores, de janeiro a março de 2022, o valor médio pago pelo passageiro por quilômetro voado, também conhecido na aviação como yield tarifa aérea médio doméstico real, foi de R$ 0,425, alta de 9,1% frente aos dados computados três anos antes, quando o indicador custava cerca R$ 0,390.
Nesse item, o estado do Ceará apresentou o menor valor do yield, de R$ 0,296. Minas Gerais foi a UF que apresentou o maior valor médio por quilômetro voado, de R$ 0,614.
Os dados do 1º trimestre do ano também mostram que 35,9% dos bilhetes aéreos comercializados custaram menos de R$ 300.
Segundo os números do painel, as passagens vendidas por até R$ 500 teve a maior fatia nesse mesmo período, com cerca de 60%. As tarifas acima de R$ 1.000 somaram quase 13% do total.
Aumento dos combustíveis
Quanto aos indicadores relacionados aos custos mais significativos da indústria, no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2019, houve aumento de 82,7% no preço do combustível de aviação.
A taxa de câmbio do real frente ao dólar teve aumento 38,7% no mesmo período de comparação. Tanto o dólar quanto o querosene de aviação tiveram forte influência nos custos de combustível que representam cerca de 29,3% das despesas dos serviços aéreos.
(Foto: Chico Andrade – Divulgação/Empetur)