A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou um relatório que estima alta de 5,3%, em relação à mesma data de 2021, no volume de vendas do Dia dos Pais.
De acordo com o levantamento o número de vendas será alavancado pela entrada de recursos não previstos nas contas dos consumidores; a exempl;o de saques nas contas de FGTS, antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS e ampliação do Auxílio Brasil.
Esses recursos têm sustentado o avanço nas vendas ao longo de 2022. De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em maio deste ano, o faturamento real do varejo já se encontrava 3,9% acima do volume observado às vésperas da pandemia (fevereiro de 2020) e 3,0% maior do que em agosto do ano passado.
O economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes, explica que o fim da pandemia é um fator importante para entender o aumento previsto nas vendas para o Dia dos Pais.
“Praticamente todo o fluxo de consumidores perdido ao longo das fases mais agudas da crise sanitária foi restabelecido”, diz Bentes. De acordo com indicadores do Google, ao fim de julho deste ano, a circulação de consumidores em estabelecimentos voltados para o consumo era 1,7% superior ao patamar observado às vésperas do início da pandemia – um cenário significativamente diferente daqueles constatados em períodos semelhantes de 2021 (queda de 12,4%) e 2020 (redução de 35,9%).
Contratações temporárias
O avanço nas vendas também deverá se replicar nas contratações de trabalhadores temporários. É esperada a criação de 18,5 mil vagas temporárias para atender à demanda sazonal das vendas, segundo a CNC.
Se confirmado, esse deve ser o maior contingente desde 2014 (20,3 mil). Hiper e supermercados (8,2 mil) e vestuário (7,8 mil) são os que mais apostaram na contratação. O salário de admissão está entre R$ 1.638 na média do varejo (crescimento de 1,2% em termos nominais ante o mesmo período do ano passado).