A cachaça, terceira bebida alcoólica mais consumida no mundo, é a protagonista do mais novo roteiro turístico de Alagoas: a Rota da Cachaça, produto que chega na vitrine do trade nacional com a perspectiva de unir experiências culturais, históricas e gastronômicas a partir de visitas a alambiques – pequenas fábricas de bebidas destiladas – que espalhados pelo interior do estado encontraram no setor turístico mais uma oportunidade para celebrar a bebida que é considerada paixão nacional.
Nesta série com três reportagens o portal Embarque Nordeste conta um pouco sobre esta experiência que ao tempo em que estimula o turismo no Agreste alagoano, está também qualificando empreendimentos e colaborando para geração de emprego e renda; para ao final mostrar o sucesso dos destilados com Selo Made in Alagoas que estão conquistando o mundo. Confere aí!
Turismo de experiência potencializa cadeias produtivas no interior de Alagoas
Na busca da diversificação dos produtos turísticos, o estado de Alagoas, que sempre foi referência nacional e internacional no segmento de Sol e Praia, colocou no mercado mais um produto para captar a atenção de turistas e movimentar o setor econômico: a Rota da Cachaça, roteiro que, baseado no turismo de experiência, cultural e gastronômico pretende evidenciar alambiques localizados no interior do estado que possuem em suas cartelas cachaças premiadas nos mercados nacional e internacional.
A Rota da Cachaça, que é desenvolvida pela Instância de Governança do Turismo na Região Agreste, com o apoio da Secretaria de Estado do Turismo de Alagoas (Setur) e Sebrae Alagoas, integra alambiques e cachaçarias que estão localizados nos municípios de Campo Alegre, São Sebastião, Teotônio Vilela e Junqueiro.
“A Rota da Cachaça é um roteiro de caráter regional que envolve atrativos gastronômicos e culturais de quatro municípios. Assim, no modelo atual, o circuito pode ser feito de diversas formas, sozinho ou integrado a outros roteiros – como o religioso, o histórico ou cultural. Nele o turista tem a oportunidade de conhecer os alambiques que produzem cachaças, fazer degustação e conhecer no trajeto outros atrativos como a gastronomia e o artesanato do Agreste de Alagoas”, explica a presidente da Governança do Turismo na Região Agreste, Cléa Carvalho.
Experiência guiada
Já divulgada e comercializada a Rota da Cachaça pode ser feita através de agências de viagens ou de forma independente. O cliente pode optar pelo suporte de uma empresa que faz a rota na opção bate e volta com saída de Maceió ou Arapiraca; ou, de forma independente pré-agendando as visitas.
As opções de roteiros incluem os alambiques Engenho Caraçuípe (Campo Alegre), Brejo dos Bois (Junqueiro), Cachaça Coração da Mata (Teotônio Vilela) e Alambique Gogó da Ema (São Sebastião).
Nos alambiques, além de degustar os diferentes tipos de cachaças e destilados, os turistas têm a opção de conhecer os processos de produção, desde a colheita e moagem da cana, até a fermentação e a destilação das bebidas.
“É uma experiência interessante porque os apreciadores da cachaça passam a compreender melhor todo o processo de produção do destilado. A vivência acontece dentro do alambique, no espaço de feitura que foi preparado para receber os convidados, que ao tempo que conhecem a produção podem também apreciar os diferentes tipos de cachaças”, explica o fabricante Henrique Tenório.
Integração
De acordo com a superintendente de Infraestrutura e Logística da Setur Alagoas, Sandra Villanova, ao estimular o turismo no Agreste do estado, a Rota da Cachaça contempla diversos outros segmentos econômicos a exemplo da área de alimentos, bebidas e o artesanato.
“Embora o produto principal seja a visita aos alambiques, ao fazer o circuito o turista acaba sendo envolvido por outras experiências do interior que o permite desfrutar de paradas em restaurantes regionais, pontos de artesanatos e culturais. O roteiro foi preparado de uma forma que integra e potencializa os diversos atrativos turísticos da região Agreste, permitindo que nele seja incorporado diversas ideias que colaboram com o crescimento econômico do estado.
