60% dos pequenos negócios fazem empréstimos pessoais

A falta de garantias e avalistas, taxas de juros altas foram as dificuldades mais citadas pelos donos de pequenos negócios.
Share on facebook
Share on twitter
Share on whatsapp

Dados da pesquisa “Financiamento dos Pequenos Negócios no Brasil”, realizada pelo Sebrae, mostra que 61% do montante formado por micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais (MEI), que recorreram a financiamentos ou empréstimos bancários nos últimos cinco anos fizeram a solicitação diretamente, não utilizando a pessoa jurídica do negócio.

Esse percentual representa um recorde na série histórica da pesquisa, iniciada em 2013. Fatores como a dificuldade no acesso a crédito pelos meios formais e ausência de educação financeira contribuem para que a maioria dos pequenos empreendedores recorram a empréstimos bancários por meio da pessoa física e não das próprias empresas.

Essa realidade identificada no estudo é resultado direto do expressivo crescimento do número de novos MEI na economia e da redução das fontes de financiamento.

De acordo com o levantamento do Sebrae, 73% dos MEI buscaram crédito por meio da pessoa física nos últimos cinco anos. O presidente do Sebrae, Carlos Melles, lembra ainda que o fator escolaridade também afeta esse cenário.

“Quanto maior o nível de escolaridade, maiores são as chances de o empreendedor usar os caminhos convencionais para buscar crédito para a empresa. Entre os donos de pequenos negócios com pós-graduação, por exemplo, cerca de 63% usam a pessoa jurídica para recorrer aos bancos. Já entre os empreendedores com nível fundamental, apenas 32% adotam o mesmo caminho”, complementa.

Separar as contas pessoais das da empresa é uma das primeiras recomendações que o Sebrae faz para qualquer pessoa que planeja abrir o próprio negócio.

“Confundir a gestão da empresa e da pessoa física é um dos maiores erros que os empresários podem cometer. Isso torna o controle do orçamento da empresa praticamente impossível e pode comprometer seriamente a saúde financeira do negócio. Sem boa gestão, não há crescimento, solidez, aumento de receita, lucro e tudo o mais que se busca ao começar um negócio”, comenta.

O levantamento do Sebrae mostra que, entre 2020 e 2022, cresceu a proporção de empresários que encontraram dificuldades para obter um novo crédito ou financiamento. A proporção saltou de 63% para 84% (recorde histórico da série).

A falta de garantias reais (20%), a taxa de juros muito alta (17%) e a falta de avalista/fiador (11%), foram as dificuldades mais citadas pelos donos de pequenos negócios que buscaram empréstimo ou financiamento bancário.

Confira os números do levantamento:

61% dos pequenos negócios recorreram a empréstimos por meio da pessoa física.

Entre os MEI, essa proporção é maior – 73%.

Já entre as empresas de pequeno porte (EPP) e as microempresas, o percentual é menor: 50% e 53%, respectivamente.

63% dos donos de pequenos negócios com pós-graduação usam a pessoa jurídica para solicitar empréstimos e financiamento. Entre os empresários com apenas nível fundamental, essa proporção cai para 32%.

Fonte e arte: Agência Sebrae de Notícias

Share on facebook
Share on twitter
Share on whatsapp
embarque-nordeste-branco