Com o setor de Alimentos e Bebidas comprometidos de forma direta pela inflação a cerveja vai ficar mais cara a partir de agosto. A estimativa é que a bebida que é preferência nacional aumente no próximo mês entre 3% e 11%.
Isso ocorre porque segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Cerveja (Sindserv), 78% da cevada e 65% do malte consumidos no Brasil são exportados, sofrendo assim alterações diante do câmbio do dólar.
A previsão de alta da cerveja vem como consequência da alta do preço da bebida nos supermercados, que já é de 9,38% em um ano.
Segundo Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, a cerveja representa de 20% a 60% do faturamento desses estabelecimentos, dependendo do perfil de cada um. Dessa forma, o reajuste das bebidas deve ter um impacto nas contas dos bares, restaurantes e, consequentemente, dos consumidores.
Em um cenário de inflação mundial, provocado pela guerra na Ucrânia, e as variações do mercado internacional; o aumento da cerveja chega de forma antecipada no Brasil, já que o reajuste geralmente ocorria entre os meses de setembro e novembro.